quarta-feira, 4 de junho de 2014

Final do NBB na Globo perde para SBT, mas atinge pico de 7 pontos de audiência

Créditos: Luiz Pires/LNB e Ricardo Ramos/LNB
A grande final do Novo Basquete Brasil, disputada na manhã do sábado, 31, rendeu à Globo a vice-liderança do horário na média de audiência, empatada com a Record e à frente da Band. Porém, a emissora líder de audiência no painel nacional, perdeu para o SBT, que garantiu a ponta com desenhos animados.

Com média de 4 pontos (um ponto equivale de 60 mil a 65 mil lares ou 185 mil pessoas segundo o Ibope), a Globo permaneceu junto com a Record e apenas a um ponto do SBT. A média é a mesma da partida entre Flamengo e Brasília, que abriu o NBB em novembro do ano passado, mas é bom destacar que a audiência foi aumentando aos poucos com o jogo indo para os momentos decisivos.

Nos confrontos diretos, o NBB empatou tecnicamente com o "Esporte Fantástico" da Record (4,3 da Globo x 4,2 da Record) e perdeu apenas para o Sábado Animado do SBT. A média da manhã das três emissoras girou em torno de 4 pontos.

A boa notícia ficou por conta do pico de audiência, que chegou aos 7 pontos nos instantes finais da partida, ocorrido próximo ao meio-dia, que coroou a excelente temporada do Flamengo, vencedor do estadual, do NBB e também da Liga das Américas.

Com a crescente perda de audiência da TV aberta para as TVs por assinatura e internet, os números do sábado acabam sendo bons e ruins ao mesmo tempo. Como assim? Explico. O NBB manteve a média de audiência do basquete nas manhãs de sábado e ficou, por alguns momentos, isolado na frente quando a partida estava chegando ao fim.

Entretanto, se comparamos a outros sábados, o NBB ainda fica devendo para a Superliga de Vôlei, que na final feminina, por exemplo, alcançou um pico de 9 pontos. A Liga Mundial, do mesmo esporte, marcou 5,5 de média no fim de semana anterior (24/05) e a Fórmula 1 anotou 5 pontos com o treino classificatório para o GP de Mônaco, no mesmo dia.

Cada vez mais, parece que o que não é futebol, não tem espaço na TV aberta. Claro que hoje em dia é impossível fazer o "Show do Esporte", famoso programa da TV Bandeirantes que colocava 10h de programação esportiva nos domingos, indo desde futebol e Fórmula Indy, até sinuca, passando por basquete e vôlei. Isso é irreal e hoje só funciona bem na TV fechada.

Certo que o vôlei é mais exibido que o basquete na Globo, o que também pode explicar a audiência menor da modalidade da bola laranja. O fato é que o Brasil precisa se libertar da monocultura, dos programas ditos esportivos que só comentam sobre futebol, porque massificar outras modalidades também dá audiência. Vem aí o Rio 2016.