Divulgação/LNB |
O acordo foi selado em evento realizado no Esporte Clube
Pinheiros, três meses após ter sido noticiado pela primeira vez pelo jornalista Fábio Balassiano.
Quinto maior mercado do League Pass e o que mais cresce nas
redes sociais da NBA, o Brasil chamou tanto a atenção da maior liga de basquete
do mundo, que as partes formularam um acordo que sem dúvida vai alavancar a
modalidade da bola laranja no nosso país.
Mesmo sem revelar valores ou prazo do contrato, o diretor
da NBA no Brasil, Arnon de Mello, disse que a liga norte americana não faz um
aporte na brasileira e sim um suporte para que a Liga Nacional torne-se
sustentável.
Segundo ele, a ideia é de troca de experiência nas áreas
de marketing e licenciamento de produtos, além de inserir entretenimentos aos
jogos e também de criar uma rede de intercâmbio de experiências, não só com a
NBA, mas também com a D-League, a liga de desenvolvimento nos EUA. A reforma
das arenas brasileiras também foi assunto, mas deixado para o futuro.
“O intercâmbio técnico é uma coisa natural. Levamos agora
o Flamengo aos Estados Unidos para jogar três partidas. Não é uma coisa que
está no papel, mas com certeza haverá oportunidades. Estava conversando com o
presidente da CBB (Carlos Nunes) para podermos fazer intercâmbio de técnicos,
árbitros, na parte comercial e isso, com a parceria oficial, vai fluir com mais
naturalidade”, explicou.
Outro ponto importante discutido no evento foi a dos
patrocinadores do NBB. O campeonato não conta com investidores para este ano,
repetindo a edição anterior. Segundo Mello, a NBA buscará apoio financeiro para
a Liga Nacional e já tem algumas empresas interessadas.
João Fernando Rossi e Kouros Monadjemi fizeram questão de destacar o pioneirismo da gestão de liga no Brasil, enquanto o presidente da Liga Nacional, Cássio Roque, disse que
após um ano de Copa do Mundo e eleições e com o fortalecimento do ciclo
olímpico, o empresariado deve ver melhor o chamado ‘esporte amador’.
“A formação de uma parceria com uma liga, com o porte da
NBA, traz visibilidade e coloca o basquete um degrau acima. E assim a gente
espera que consiga atrair mais patrocinadores, empresas que acreditem no
retorno”, explicou Roque.
O licenciamento de produtos e a evolução do NBB foi
assunto para Jason Carrily, que destacou o crescimento da liga e espera que o campeonato
nacional siga se desenvolvendo até se tornar uma das melhores ligas do mundo.
Transmissão pela TV
Crédito: John Raoux /AP |
O acordo formular pela LNB e Globo vai até 2018. Mello
considera que após o término do contrato, a liga deve sim buscar novos
parceiros (nos Estados Unidos, os grupos Turner, Disney e Fox transmitem jogos
e atuam no Brasil), mas antes, prevendo a expansão da NBA no Brasil, ele
acredita ser mais fácil que a liga norte-americana tenha espaço em novos canais
no país (hoje são Sports+, ESPN e Space) que o NBB mude de casa.
Ele também frisou que as partidas do Flamengo contra os times da NBA tiveram uma boa audiência no canal Sportv.
Ele também frisou que as partidas do Flamengo contra os times da NBA tiveram uma boa audiência no canal Sportv.
Encontro de gerações
Marcaram presença no evento histórico os técnicos Cláudio
Mortari e Hélio Rubens, além dos ex-jogadores Cadum, Marcel e Marquinhos,
protagonistas do basquete nacional nos anos 70 e 80. Entre eles também estavam
Arthur (Brasília) e Felipe Ribeiro (Pinheiros).
A palavra do ministério
Representante do Ministério do Esporte, o Secretário
Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, comentou o
momento histórico.
“É fantástico o nível de amadurecimento do basquete
brasileiro. Em poucos anos conseguimos estruturar o campeonato, repatriar
jogadores e já criar uma nova geração e sem dúvida isso chamou a atenção da NBA”,
afirmou Leyser.
Opinião do blogueiro
Crédito: Divulgação/LNB |
Com a chegada da NBA, a organização, que já é muito boa,
ganha outra visibilidade. A partir disso, a Liga Nacional pode receber o aporte
financeiro que precisa para realmente ajudar os clubes a se estruturarem melhor,
fazendo com que o nível do campeonato aumente.
Ponto importante e praticamente inexistente hoje é o
licenciamento de produtos. Poucos times vendem produtos, uniformes então são
raríssimos. Isso deve mudar e muito a partir de agora.
Outra aposta importante é fazer um intercâmbio técnico
com a Liga de Desenvolvimento para preparar melhor nossas futuras gerações e
abrir a LDB em mais categorias. Criar também o 3x3 do NBB faria com que o público ficasse mais próximo do campeonato nacional.
Por fim, o basquete brasileiro só tende a crescer com
isso, principalmente porque a parceria foi feita com a séria organização da
LNB. O único ponto que penso haver certo cuidado é a adaptação da NBA com o
mercado brasileiro, mas se a liga norte-americana já cresce no gosto tupiniquim,
a adaptação a nossa realidade não deve ser um problema.
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